No ano de 2018, o setor imobiliário corporativo de alto padrão presenciou um significativo incremento na ocupação de espaços, totalizando uma expansão líquida de 285 mil metros quadrados.
A previsão para o subsequente ano indicava a adição de mais 200 mil metros quadrados, refletindo uma tendência voltada não apenas à aquisição de novas áreas, mas, primordialmente, ao aprimoramento da qualidade de vida dos empregados.
Este movimento evidencia um interesse crescente na melhoria das condições laborais, por meio de uma arquitetura que valoriza o bem-estar dos trabalhadores.
Um elemento chave nesta transformação é a Neuroarquitetura, uma abordagem inovadora que combina princípios da neurociência com o design arquitetônico para criar ambientes que positivamente afetam o comportamento, a saúde mental e a produtividade dos ocupantes.
Elementos como cores, iluminação, temperatura e acústica são meticulosamente projetados para atender às necessidades específicas de uso, promovendo um impacto benéfico nas interações humanas e no desempenho cognitivo.
Relata-se uma redução nas ausências por questões de saúde, tais como dores de cabeça, estresse e desconfortos físicos, evidenciando um ambiente de trabalho mais saudável.
Adicionalmente, organizações que adotam essas práticas tendem a ser mais atraentes para profissionais talentosos, consolidando um ciclo virtuoso de bem-estar, aumento de produtividade e melhor desempenho.
O início de 2019 já revelou um crescimento de 9,6% na produção de móveis no Rio Grande do Sul, sinalizando uma resposta do mercado à demanda por espaços de trabalho mais inovadores e humanizados.
Esta tendência responde às preocupações contemporâneas com problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, que, conforme alertado pela Organização Mundial de Saúde, tornar-se-ão desafios crescentes no ambiente corporativo.
Esse interesse renovado na arquitetura focada no bem-estar humano tem revitalizado o setor, atraindo escritórios de arquitetura com visões modernas para colaborar com clientes de segmentos tradicionais, como bancos e firmas de advocacia, na busca por ambientes que atendam às novas exigências de mercado.